segunda-feira, dezembro 14, 2009

Viagem à Luz

PAULO NUNES BATISTA

Recolhe, humildemente, a mão mendiga,

sem óbolo, sequer, da caridade.

O que semeaste pela eternidade,

para teres, agora, a mão amiga?

Despe, teu ser, dessa Amargura antiga

e veste-o de Ternura e de Bondade.

As auras puras da Fraternidade

tornam feliz toda a alma que as abriga.

Toda colheita teve semeadura:

amargo, é sempre fruto de Amargura,

o terno é, da Ternura, resultado...

Nessa Viagem à Luz, que ora empreendo,

embora não me entenda, asas estendo

e vôo para a Luz, iluminado.