Viagem à Luz
PAULO NUNES BATISTA
Recolhe, humildemente, a mão mendiga,
sem óbolo, sequer, da caridade.
O que semeaste pela eternidade,
para teres, agora, a mão amiga?
Despe, teu ser, dessa Amargura antiga
e veste-o de Ternura e de Bondade.
As auras puras da Fraternidade
tornam feliz toda a alma que as abriga.
Toda colheita teve semeadura:
amargo, é sempre fruto de Amargura,
o terno é, da Ternura, resultado...
Nessa Viagem à Luz, que ora empreendo,
embora não me entenda, asas estendo
e vôo para a Luz, iluminado.