quarta-feira, maio 05, 2010


DUPLA ESSÊNCIA … DUALIDADE … O PARADOXO DA EXISTÊNCIA


Sou único na vida,
Na sombria duplicidade,
Da mentira que se faz verdade,
Da noite que encobre o dia,
Da vida que se sobrepõe a morte,
O início e o fim, o TUDO e o NADA.


O dia e a noite,
O longe e o perto,
O cedo e o tarde,
O duvidoso e o certo.


Dualidade ...

Eu quero a ânsia do poema nunca criado,
A sede do beijo nunca antes roubado,
As palavras do texto nunca antes escrito,
A fome do ser nunca antes saciado,
E ao mesmo tempo, quero o prato repetido,
O poema interpretado, lido e reiterado,
Desejos de um reles humano e sua ilusão;
Anseio o presente e o passado renovado
Sempre uma pergunta, um ponto de interrogação.


Procuro a dualidade da entediante realidade!

Dualidade ...

A dualidade natural,
Faz de mim um homem normal,
Duplo e único nos enigmas da natureza,
Entre o bem e o mal, o ser ou não ser,
O ódio, a ira na destruição da humanidade,
Grandes ilusões, falsas realidades.
Quando um homem e uma mulher,
Encontram-se com a verdade,
O amor torna-se único,
Essência pura da felicidade!...

Dualidade ...

As duas realidades da vida,
Uma feito começo, a outra, despedida,
São dois reflexos confusos,
Que nos perfuram doídos, parafusos.

Cada dia, uma encruzilhada,
Oportunidades e castigos de surpresa;
É uma aventura viver intensamente,
Em toda curva a sorte é lançada!

Olhos bem fechados, confiando na certeza,
De que o próximo passo é o derradeiro,
Para incendiar o coração imensamente.

Com um amor maior que o mundo inteiro!
Até a outra realidade se fazer presente,
E nos arrebatar e confundir novamente.

Dualidade …

Em um dia calmaria...
no outro tempestade...
Em um dia te amaria
no outro partiria...
Cheio de contradições...feliz agora, mais tarde triste talvez...
Quem me compreende??? Quem me entende????
Quem saberia viver ao meu lado?
Intenso, como um abismo...
Verdadeiro...
solidário, amigo.
Que Stefan, sou eu hoje?
O feliz ou o melancólico?
O realizado ou o que procura lá atrás respostas que jamais virão...
Quem sou eu???

A Scanner Darkly

O dentro e o fora,
O broco e o letrado,
O retilíneo e o curvilíneo,
O certo e o errado.


Às vezes, um vazio, as vezes completo, as vezes um silêncio.
Uma hora sou sereno, na outra...o avesso do avesso.
poeta...na veia
fotógrafo...no olhar
amante...no viver
Feliz...por amar...
E então, entre tantos, quem sou eu?

Talvez … seja …!?

A luz e as trevas,
A vida e a morte,
O branco e o preto,
O fraco e o forte.

O efêmero e o eterno,
O nascer e o morrer,
O pobre e o rico,
O amanhecer e o entardecer.

Na madrugada penso...me encontrei???? Ou me perdi???
Onde estou agora????
Por vezes, pareço uma criança sentada na calçada, fazendo bolhas de sabão...
em outras, um homem de fibra...
De vez em quando choro por nada,
Em outro instante tenho forças para o que der e vier.
Quem me conhece... me entende...será???
Eu sou este...
e quem saberia me descrever?
Nas mãos de Deus está toda minha vida, por isso, meu abismo não chega a ser um perigo.
Sim, eu sou intenso como um abismo..mas como vivo segurando nas mãos de Deus...ainda posso caminhar nas nuvens...
Livre..como um pássaro

Dualidade ...


O velho e o novo,
O ódio e o amor,
O antes e o depois,
O espinho e a flor.


O sinistro e o destro,
O doente e o são,
O escuro e o claro,
O liberto e a escravidão,
O azar e a sorte,
O verdadeiro e a ficção,

E tantos outros contrários...

São dualidades que a astrologia, numerologia, psicologia...
E outras ciências tentam infundir...
E deixam todos ainda mais confusos e na mais completa agonia.
“Não vim aqui para explicar. E sim para confundir.”