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Sempre denso vago devaneio,
longo espiral ali azul amarelado,
espio o sonho suspenso do mergulho surdo
da minha mão esquerda e sombra
num salto ao fim do abismo.
Até aonde você pode ir!?
Me indaga um sem luz;
até o fundo do poço,
onde renuncio ao intuito
de mais um beijo,
neste bosque desgraçado
que me consome aos poucos.
A alma chora, e cresce a dor
da transcendência que se não realiza...
triste, a escutar, pancada por pancada... TOC...TOC...
a sucessividade dos segundos... TIC-TAC....TIC-TAC...
Sim, é a vez!
Chegada é a hora!
Não por favor...
Aqui mora o ódio, e vil se nutre
magra inveja, negro abutre
esfomeado e tragador.