terça-feira, novembro 23, 2010



Ó alma doce e triste e palpitante !
Que cítaras soluçam solitárias
Pelas regiões longínquas, visionárias
Do teu Sonho secreto e fascinante !

Quantas zonas de luz purificante,
Quantos silêncios, quantas sombras várias
De esferas imortais, imaginárias,
Falam contigo, ó Alma cativante !

Que chama acende os teus faróis noturnos
E veste os teus mistérios taciturnos
Dos esplendores do arco de aliança ?

Por que és assim, melancolicamente,
Como um arcanjo infante, adolescente,
Esquecido nos vales da esperança ?
!

Cruz e Souza