quinta-feira, outubro 27, 2011


X*X%X@

Sempre denso vago devaneio,

longo espiral ali azul amarelado,

espio o sonho suspenso do mergulho surdo

da minha mão esquerda e sombra

num salto ao fim do abismo.

Até aonde você pode ir!?

Me indaga um sem luz;

até o fundo do poço,

onde renuncio ao intuito

de mais um beijo,

neste bosque desgraçado

que me consome aos poucos.


A alma chora, e cresce a dor

da transcendência que se não realiza...

triste, a escutar, pancada por pancada... TOC...TOC...

a sucessividade dos segundos... TIC-TAC....TIC-TAC...

Sim, é a vez!

Chegada é a hora!

Não por favor...

Aqui mora o ódio, e vil se nutre

magra inveja, negro abutre

esfomeado e tragador.